A sessão de encerramento da edição deste ano do Projeto Vida foi um verdadeiro memorial ao enriquecimento pessoal e coletivo, com as competências de cada um a serem colocadas ao serviço do outro em centenas de horas de voluntariado nos últimos meses.
Nas palavras que dirigiu aos presentes, a Reitora da UCP, Isabel Capeloa Gil, enfatizou a importância do projeto, que espelha a missão da Universidade: “centra-se no cultivo do ser humano, da sua dignidade, da sua capacitação e em utilizar os nossos talentos enquanto estudantes, colaboradores, docentes, investigadores para tornar a sociedade mais justa”.
Em 2023-24, o Projeto Vida, Voluntariado na Católica, reuniu 343 voluntários, com os quais “celebrámos, criámos pontes e saímos para junto das pessoas” refletiu Rita Paiva e Pona, Coordenadora do Gabinete de Responsabilidade Social, que auxilia 27 organizações sociais.
Esta foi a primeira edição aberta a toda a comunidade académica, com a criação do Banco de Horas para Voluntariado, e em ano de estreia “cerca de 40 voluntários dedicaram quase 300 horas,” salientou a Diretora de Recursos Humanos, Ana Sampaio.
No âmbito da extensão universitária, foram também dinamizados workshops do ciclo “Capacitar para Salvar”, tais como formação em suporte básico de vida, como lembrou a Diretora da Escola de Enfermagem da UCP, Amélia Simões Figueiredo. Já em representação da Missão País, o Capelão da Sede, Pe. Miguel Vasconcelos, salientou como “o voluntariado é querer ser justo em relação ao que significa ser pessoa.”
“O voluntariado na Católica é um compromisso para com um mundo melhor para todos”, resumiu Rita Paiva e Pona. Reflexo disso, Carlota Henriques, estudante do Mestrado em Ciências da Comunicação, da Faculdade de Ciências Humanas da UCP, acredita que apesar das universidades serem importantes para ensinar a parte académica, a Católica “dá igualmente a bagagem humanística”.
A estudante escolheu empenhar o seu tempo na associação Estar Juntos, da Scholas Occurrentes, uma iniciativa com pessoas idosas. “Aquilo que eu mais gosto é conhecer a vida deles e o que têm para ensinar”, partilhou notando que entre danças e jogos o “toque lhes toca no coração” e cria laços de amizade.
Para Shirley Silva, estudante da FCH, o voluntariado na Ajuda de Mãe e no Pedalar sem Idade, “foi também uma forma de acolhimento”. Acredita que a “gentileza é um ciclo” e recorda com carinho as histórias que descobriu enquanto voluntária no Pedalar sem Idade. Já na Ajuda de Mãe, fez babysitting e deu ações de formação sobre alimentação.
Já Maria Teresa Silva e Leonor Araújo, membros da Católica Lisbon Student’s Union e estudantes da UCP, partilharam a boa experiência da organização de um peddy paper na Giving Tuesday e uma festa de Natal para as crianças da Associação Santa Teresa. No futuro querem fazer ainda mais e já têm pensadas ações tão diversas como explicações a alunos do ensino secundário, ou apoio a animais e a plantação de árvores.
A representar os colaboradores que abraçaram este projeto, Rita Sacadura Fonseca do Careers & Talent Office da CATÓLICA LISBON, deu apoio a um centro de acolhimento durante a Jornada Mundial da Juventude. Já no voluntariado de competências, Rita deu ações de formação, onde colocou as suas competências e conhecimento “ao serviço das pessoas que não têm acesso fácil” a estes. Marcou-a a alegria dos participantes e o “interesse e inquietação de evoluir”. “Fico muito feliz de pertencer” a uma instituição que torna possível este voluntariado, que é também “uma valorização das nossas competências”.
Nesta sessão, seguida por um momento de convívio entre voluntários e instituições apoiadas, estiveram ainda presentes Pedro Ribeiro, responsável pelo Fundraising, Projetos e Ligação à Responsabilidade Social das Empresas e Carlota Silva, Diretora Técnica e Coordenadora da Delegação de Lisboa, do CASA – Centro de Apoio ao Sem-Abrigo, Lúcia Martins, responsável pelo Voluntariado e Logística, e Rita Sousa Rêgo, pelo Fundraising e Comunicação, do Apoio à Vida, e a Ir. Júlia Barroso, Diretora da Associação Santa Teresa.